quinta-feira, dezembro 16

Isto não é mais solução !


Já caminhei contrariada.
Já me deixei enlear pelo desconforto da indecisão.
E já senti a angustia do: «Salto? Ou não salto?»
Provei o sabor azedo do medo da mudança. Vivi com a angústia de continuar presa a um projecto sem adrenalina e desafios.
Quando o inimigo, somos nós a luta torna-se desigual. Não há adversário pior do que aquele que está cá dentro. Injusto? Talvez. Desgastante? Muito. Mas nunca há vencedores nem vencidos. Posso até massacrar, ignorar, mas vou ter de viver com ele para o resto da vida – à espera de um pequeno sinal para entrar em guerra. O palco? A nossa mente. O Publico? O nosso corpo.

O enlace entre duas pessoas pode ser apenas «Lindo e Inesquecível» ou «Terrifico e amargo» está ao alcance de ambos escolherem qual a escolha que devem tomar!!
Sinceramente, a morte já foi mais assustadora, ((há que perceber ao longo do texto, a definição dada, a morte))!
Neste momento o mais assustador são os sentimentos que em mim carrego, durante este estes últimos 15 meses tenho vindo a desiludir-me muito com o ser humano, não com alguém em específico mas na generalidade.

A verdade é que pouca gente a minha volta se mostrou fiel! Mentiras! Acusações! Ameaças! Tanta coisa, mas essas pessoas não passam de pequenos seres que nunca conseguirão entender o meu conceito de vida, porque ou são piores ou tem inveja… este sentimento é potente (…)
Gosto de caprichos, gosto do limite… mas não gosto do incerto pois muitas vezes faz-me andar na corda bamba, para trás e para a frente.
Com o decorrer do tempo as noções básicas fazem sentido.
É fantástico, a vontade e o prazer, que temos de infringir as regras, mas afinal, em que merda de mundo vivemos nos então? Existe alguém com capacidade de me explicar isso ou apenas só vou saber no dia em que for confrontada com essa mesma verdade!

E eu pergunto tal como a musica dos secondhand serenate, porque me fazes isto a mim?
Se realmente, tu, GOD, existes fica a meu lado pelo menos uma vez, e ajuda-me a enfrentar esta batalha que se aproxima cada vez mais feroz do meu castelo.

A diferença entre mim e o resto do mundo? Nenhuma.
Saudades de tanta coisa. Hoje descobri o valor do arrependimento, dizem que não nos devemos arrepender de nada só do que não fazemos, e é mesmo a esse arrependimento que me refiro daquilo que não fiz, daquilo que devia ter feito, e  aproveitado ainda mais!!!
Perante a caminhada visual sobre uma vista repleta de verde, não consigo encontrar nenhuma solução…apenas o desejo enorme de desaparecer! 

segunda-feira, dezembro 6

Vista Por Dentro ...

Por dentro. Abre-me. Sou só ferida imensa. Carne viva a sangrar. Sem tempo ou pele suficiente para cicatrizar. Abre-me. Com o metal frio do bisturi impecavelmente esterilizado. Sou apenas mais uma. Mais um corpo. 

É quase bar aberto. Serve-te à vontade dos meus sonhos e vãs esperanças. Ridiculariza-os, espezinha-os. Fá-lo é de uma vez por todas. 

Elimina-os de mim. Para que nunca mais ceda à tentação de acreditar em ti. 


As marcas acumulam-se no corpo. No entanto, olho-me ao espelho e incrivelmente ainda acredito. Ainda quero acreditar. Quando sei que não posso, não devo e não quero. 



Acreditar: no ser humano.


"E agora, projectos para o futuro?"

Este foi o início de uma conversa que acabei antes de a mesma tomar outros rumos. 

Finjo um ar feliz por mais esta batalha emocional ganha e agradeço os parabéns.
Consola-os ver-me feliz: os familiares e amigos aplaudem de pé, quem me paga os vicios rejubila de gozo.

Cá dentro: igual ao antes, igual ao depois. Dormente.

Projectos para o futuro: nenhuns. 
O futuro já passou aqui. Bateu à porta sem ser convidado e eu recusei a entrada.
Não quero nada. Não espero nada. Não luto por nada. Não vibro com nada.
"À parte disso tenho em mim todos os sonhos do mundo".  Ou não.

sexta-feira, dezembro 3

O Hoje...!

Por entre os meus pensamentos feridas começam a nascer com o preto da paixão...

Sinto no meu peito o coração a chorar e a minha alma vazia..  sem nexo.. simplesmente estática!

Os meus lábios sorriem e meus olhos dizem-se alegres, porem...  só eu sei mesmo o que eles sentem, só eu sei mesmo o que eles mentem.

Cada poro da minha pele transpira tristeza; não sei o que se vai passar e muito menos tenho a certeza daquilo que me vai acontecer. 


Os meus sentimentos estão trémulos, contudo prometi a mim mesmo não CHORAR, que hoje vou ser forte o suficiente e que vou aguentar!

No entanto, no fim disto tudo preciso de explodir e da minha promessa desistir... quero gritar, berrar, sair, correr sem rumo, o meu peito precisa de de gritar a raiva que sente, a dor que vê... esse grito que ninguém o consegue ver mas que eu sei que se move dentro de mim!

O mais triste é que me achava a pessoa mais forte e no entanto tão fraca como qualquer outro humano, que me mostro aqui.
Mas ninguém saberá... ninguém estas lágrimas ira ver...

E assim, novamente, vou-me sentar no escuro, olhando a noite e sentindo o rio a escorrer-me nas faces e os soluços a saírem como palavras silenciosas -mas ninguém ira ver, ninguém ira ouvir e assim vou CHORAR.


Amanha?? logo se vê....